Um rapaz escreveu uma poesia. Ele tinha mais de 50, mas nenhuma chegava aos pés dessa. Com medo de roubos e assaltos poéticos, José Dias não mostrou seus versos à ninguém.
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Em Declínio
Preto (caixa)
O sabor de metal na boca. E algum osso do meu rosto está perdido numa garrafa lá no mar. Embora longe, as vezes aquele osso volta à costa e eu sinto a dor em algum lugar entre minhas mandíbulas e o occiptal. Mais tarde eu consigo fechar os olhos. Amanhã, a máscara natural retornará à minha face partida.
De dia, eles não sabem que eu faria mal até a uma mosca.
De dia, eles não sabem que eu faria mal até a uma mosca.
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